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domingo, 7 de novembro de 2010

Educação para a melhoria da condição social

                    Educação para a melhoria da condição social

                           

Sabemos que os seres humanos, ao nascer, trazem consigo potencialidades que são aperfeiçoadas e, a família desempenha papel importante nessa etapa, pois o aprendiz, ao primeiro contato com a experiência escolar, leva consigo seu repertório de conhecimento prévio.  
O processo de alfabetização, segundo a concepção de Paulo freire, está estritamente vinculado à prática social, pois a partir do momento em que o indivíduo se apropria do conhecimento associado ao aprendizado, o agente facilitador do processo, que é o educador, tem por dever e obrigação moral levar em consideração as experiências prévias do alfabetizando.
    
Uma vez que educação e cidadania andam de mãos dadas, cabe salientar que, ao longo dos tempos, os homens têm procurado dominar a muitos através de suas idéias e mitos, levando grande parte da sociedade cativa, chegando até mesmo a escrever o destino de muitos, segundo suas ideologias. Contudo, é através da educação que se chega ao conhecimento de si mesmo e das questões sociais que estão ao redor dos homens, por isso tem sido árdua a luta de muitos educadores em fazer com que esse direito, que é de todos, seja posto em primazia. Mas, se o Estado velar por esse dever que os compete, em promover educação e que esta seja com qualidade, poderemos virar o jogo, apropriando-nos do conhecimento que a elite dominante se apropria, para controlar as massas (conhecimento de mundo associado ao conhecimento da palavra escrita, produzindo como resultado o diálogo).
É nesse contexto que entram as ideias de Paulo freire, pois ele cria que as pessoas, em seu processo de alfabetização - compreensão da palavra precedida da leitura de mundo de cada um - se utilizam de vivências anteriormente adquiridas e, no momento em lhes são apresentados o código (letra), automaticamente, essas pessoas estabelecem relação entre as duas experiências.



  
A partir disso, inicia-se o caminho em direção à prática da cidadania; o diálogo se faz mais denso e os questionamentos tomam o lugar do silêncio. Diante do exposto,consideramos que, no processo de ensino aprendizagem, ganha tanto quem facilita o conhecimento, quanto quem se apropria deste artifício como algo novo.
Podemos, então, concluir que é errôneo o pensamento de que o conhecimento só está a mercê de alguns ou o contrário prevalece?  
                                   

6 comentários:

  1. Olá!
    Acredito que o conhecimento ainda não está para todos. Isso porque percebo que para o sistema não é tão interessante investir na educação. Caso isso ocorra os pensamentos críticos e reflexivos irão se voltar a realidade a qual vivemos.
    O ideal para a classe dominante é limitar os privilegiados a aprenderem e conhecerem o que a elite julga necessário. Apesar de alguns serem contemplados com a educação, nem tudo deve ser expressado ou se quer pensado.
    Existe ainda uma marca de visões ultrapassadas a respeito do aluno, uma desvalorização dos seus conhecimentos prévios e principalmente uma tentativa de moldar o pensamento do aluno.
    É a educação que não é para todos e para os poucos é suficiente que aprenda noções básicas e alfabetização desvinculada do letramento.

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  2. Oi, venho trazer um pensamento de Bernard Shown( alterado por mim)“Se você tem uma maça e eu outra maça e nós trocamos as maças, cada um de nós ainda continuará com uma maça. Já no mundo das idéias, se você tem uma idéia e eu tenho uma outra idéia, e nós trocamos as idéias, nós saímos de lá cada um tendo duas idéias. O que houve foi um processo natural da multiplicação das idéias (esse é o mundo dos bits), essa é uma característica do mundo dos átomos, das TIC’s e o mundo do compartilhamento do conhecimento e dos conteúdos de produção”.
    Vivemos em uma época com o advento da internet, que possibilita a troca de saberes e idéias, assim acredito que o conhecimento ele está cada vez mais se universalizando, mas penso que precisa ser canalizado e direcionado ao diálogo, a problematização e a investigação, como diria o mestre paulo Freire.
    Abraços.

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  3. Haidêe sua pergunta me faz pensar em várias outras questões, bem como, estamos no mundo globalizado onde se afirma que todos têm o mesmo acesso ao conhecimento, no entanto não é isso que vemos na prática, se colocarmos, por exemplo: o ensino da escola particular e da escola pública são diferentes, ai fico me perguntando, será que as pessoas não estão tendo acesso aos conhecimentos ou será que não estamos sabendo como conduzir, orientar ou mediar o acesso a esses conhecimentos na escola? E principalmente respeitando a história de vida de cada sujeito. Mas sei que existe grupos que não estão interessados que o conhecimento seja um bem comum a todos.
    Como afirma Francis Bacon “ Conhecimento é poder."

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  4. Sabemos das dificuldades existentes em nosso sistema de ensino, sabemos também que as mudanças ocorrem de acordo com o pleito e embora a educação em nosso país não receba ainda verbas suficiente para suprir as lacunas deixadas ao longo dos anos. Em relação a aquisição de conhecimento acredito no poder destas palavras: querer,poder,persistir,refletir e agir.

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  5. Essa indagação me remonta aos tempos medievais, onde o clero embebia em veneno as páginas de livros para que quem os folheasse e levasse o dedo à língua,morresse,assegurando o monopólio do conhecimento.
    Atualmente já não se utiliza mais as peçonhas por motivos óbvios, mas para os que estão no poder não é nada conveniente investir na educação, afinal o povo deixa de ser alienado e conformista e começa a questionar e reivindicar ,por isso a frase "O conhecimento é pra todos" ainda está bastante distante da realidade.

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  6. Infelizmente, no sistema capitalista em que vivemos, o conhecimento ainda está a mercê de poucos. Isso porque, não é interessante que a "massa" possua tanto conhecimento, pois de o tiver, será muito difícil manobrá-la.
    Quanto menos conhecimento tiver, mais fácil será a sua manipulação.
    Infelizmente, é assim que a banda toca.

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